Consultar Resultados

Análises Clínicas - Para que serve

# A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
Atualmente, existem 14 termos neste diretório que começa com a letra V.
VDRL
Trata-se de teste não treponémico por reação de floculação em lâmina que utiliza a cardiolipina extraída do coração de boi como antígeno, utilizado como teste de triagem da sífilis. Indicação: Triagem para sífilis. Este é o único teste de floculação que pode ser utilizado para pesquisa de anticorpos não treponémicos no líquor. Interpretação clínica: Títulos elevados acima de 1/8 são sugestivos, embora não selem o diagnóstico de sífilis, que deve ser confirmado por técnicas mais específicas, como a imunofluorescéncia (FTA-ABS) ou hemaglutinação (TPHA). Títulos em elevação em amostras pareadas podem ser diagnósticos. Torna-se positivo de uma a duas semanas após o aparecimento do cancro na sífilis primária (quatro a seis semanas após a infecção), atinge o pico durante o período secundário e declina lentamente. É positivo em 99% dos casos de sífilis secundária e em 70% de sífilis terciária. A queda importante no título ou a negativação do VDRL, que costuma ocorrer após o tratamento, pode ser usada para o acompanhamento do paciente como um critério de cura. Como é um exame não-treponémico e detecta anticorpos contra um constituinte tecidual normal existe a possibilidade de reação cruzada, sendo que os títulos falso-positivos usualmente não excedem 1/8. As reações falso-positivas com títulos baixos até 1/8 são encontradas, de forma transitória, nas fases agudas de doenças infecciosas bacterianas, virais e parasitárias, como endocardite infecciosa, mononucleose, hepatite C, malária, e na gravidez. E de forma permanente nas doenças auto-imunes, como lúpus eritematoso sistémico e artrite reumatóide, na hanseníase e em pacientes com linfoma.

Velocidade de Sedimentação
É um exame sensível, mas pouco específico dos processos inflamatórios. Ainda é solicitado, mais por costume do que por sua real utilidade e vem sendo substituído por outros marcadores mais específicos de inflamação. Indicações: Marcador pouco específico de atividades infecciosas inespecíficas, estados inflamatórios, doenças autoimunes e reumáticas. Interpretação clínica: Eleva-se nos processos inflamatórios agudos e crónicos, nas lesões e destruição tecidual, sendo utilizado no controle evolutivo das doenças reumáticas ou crónicas.

Vírus da Hepatite C (Genotipagem)
A hepatite C é causada pelo HCV que é o agente etiológico da maioria das hepatites transfusionais, antigamente denominadas de Hepatites Não-A e Não-B. É um vírus com envelope lipídio, que contém RNA em seu genoma e é constituído por uma simples cadeia de leitura com duas regiões não codificantes. A quantificação fornece informação prognóstica, pois indivíduos com carga viral alta, tém menor chance de responder ao tratamento. Os genótipos estão correlacionados a diferenças geográficas, à evolução clínica, ao prognóstico e à resposta terapêutica ao Interferon nas infecções crónicas. Além dos vários genótipos, o vírus C é muito mutante e existem poucas evidéncias de que a infecção pelo HCV confira imunidade à reinfecção por cepas homólogas.

Virus Hepatite B (DNA Quantitativo)
Embora existam diversos marcadores sorológicos da hepatite B, em muitas situações é importante a detecção do DNA viral e a quantificação da carga viral. Alguns mutantes do VHB podem apresentar modificações importantes no AgHBs e no AgHBe, fazendo com que não sejam mais detectados por métodos imunológicos. Indicação: Quantificação e determinação do genótipo viral Interpretação clínica: O exame associa a detecção do DNA, que identifica a presença da partícula viral circulante, e a determinação do genótipo viral, que pode estar associado à gravidade da doença e resposta ao tratamento. Sugestão de leitura complementar: EASL International Consensus Conference on Hepatitis B. 13-14 September, 2002: Geneva, Switzerland. Consensus statement (short version). J Hepatol 2003; 38: 533-40. Lok AS, Heathcote EJ, Hoofnagle JH. Management of hepatitis B: 2000-summary of a workshop. Gastroenterology 2001; 120: 1828-53.

Vitamina A (Retinol)
Exame utilizado para o diagnóstico de deficiência e toxicidade pela vitamina A. Indicações: Diagnóstico de deficiência de vitamina A e do tratamento; diagnóstico de intoxicação pela vitamina A. Interpretação clínica: Níveis muito abaixo ou acima do intervalo de referéncia podem estar associados a deficiência ou intoxicação.

Vitamina B1 (Tiamina)
Uso: avaliação de deficiência de vitamina B1. Valores aumentados: leucemias, doença de Hodgkin, policitemia vera. Valores diminuídos: neoplasias, alcoolismo, dieta deficiente, diabetes, doenças crónicas, diarréia prolongada.

Vitamina B12 (Cianocobalamina)
Uso: avaliação da deficiência de vitamina B12. A vitamina B12 (cobalamina) tem um peso molecular de 1355 daltons. É a única vitamina sintetizada exclusivamente por microorganismos, sendo estocada primariamente no fígado sob a forma de adenosilcobalamina. É importante na hematopoiese e função neuronal. Valores aumentados: insuficiência renal crónica, diabetes, insuficiência cardíaca grave, leucemias, alguns carcinomas, doenças no fígado. Valores diminuídos: deficiência de vitamina B12, síndromes de má absorção, dieta vegetariana, desordens congénitas, deficiência de ferro, deficiência de folato (ácido fólico).

Vitamina B2 (Riboflavina)
Uso: O teste é útil na caracterização dos estados de deficiência da vitamina B2 ou riboflavina, que pode ocorrer em condições como alcoolismo, infecções, neoplasias, Kwashiorkor, gravidez e lactação. A deficiência de riboflavina causa quadro clínico caracterizado por queilite, glossite, dermatite e anemia megaloblástica. Além disso, parece também estar associada a uma maior ocorréncia de neuropatias compressivas, como as síndromes do túnel do carpo ou do túnel do tarso.

Vitamina B3 (Ácido Nicotínico)
A vitamina B3 também pode ser chamada de niacina, é uma substância essencial para o processo metabólico, que transforma os alimentos ingeridos em energia para que os nutrientes sejam utilizados corretamente. A deficiência dessa vitamina provoca diarreia, falta de apetite, fadiga, insônia, irritabilidade, depressão e problemas de pele. A vitamina B3 também auxilia na diminuição do colesterol sanguíneo, sendo sua suplementação uma alternativa para quem sofre com colesterol alto.

Vitamina B6 (Piridoxal Fosfato)
A determinação da vitamina B6, ou piridoxina, é útil no diagnóstico de deficiência dessa vitamina, que pode ser decorrente de alcoolismo crónico, desnutrição, anemia, má absorção ou uso de certos medicamentos, como a isoniazida. A condição pode ocasionar queimação oral e neuropatias periféricas, tipo síndromes do túnel do carpo e do túnel do tarso. A vitamina B6 é um co-fator essencial para diversas enzimas, entre as quais a glicogénio fosforilase e diversas transaminases e descarboxilases de aminoácidos.

Vitamina C (Ácido Ascórbico)
O ácido ascórbico (vitamina C) é um cofator enzimático necessário para a formação de colágeno e outras proteínas do tecido conjuntivo. Também facilita a absorção de ferro dietético, estando envolvido em várias outras vias do metabolismo. Indicação: avaliação de deficiência de vitamina C. Interpretação clínica: Valores diminuídos: escorbuto, anemia hipocrômica, deficiência de folato, anemias, gravidez, alcoolismo, hipertireoidismo, doença reumática, cancro. Valores aumentados: nefrolitíase (oxalato de cálcio), uricosúria, aumento da absorção de ferro. Interferentes: aumentando -aspirina; diminuindo- estrógenos, anticoncepcionais

Vitamina D (1,25(2 OH) Vit.D)
A 1,25 (OH)2D tem concentração no sangue 1.000 vezes menor do que o seu precursor, a 25 hidroxi vitamina D (25OHD) e meia vida curta, não sendo indicada na avaliação de suficiéncia de vitamina D. Seu principal uso é na avaliação de hipercalcemia não dependente de parathormona (PTH), podendo, por exemplo, estar elevada na sarcoidose por aumento da conversão de 25OHD pelo tecido granulomatoso, por outras doenças granulomatosas, assim como ser produzida em doenças malignas hematológicas por certos tumores. Nos casos de raquitismos genéticos, encontra-se muito elevada na resistência à 1,25 (OH)2D3; já no raquitismo por deficiência da enzima 1-alfa-hidroxilase pode estar diminuída, dependendo do nível da deficiência. Indicações: Avaliação das doenças decorrentes de alteração de síntese ou da sensibilidade periférica à 1,25 (OH)2D3. Interpretação clínica: No raquitismo por deficiência de 1 alfa hidroxilase a concentração da 1,25 (OH)2D pode estar desde diminuída, se o defeito for severo. Se o defeito for parcial a elevação da 25 OHD3 pode compensar a deficiência enzimática e o nível da 1,25 (OH)2D3 pode estar dentro dos valores de referéncia. Ao contrário, pacientes com resistência periférica à vitamina D, causada por mutações no receptor de vitamina D, tem concentração muito elevada de 1,25 (OH)2D e respondem mal ao tratamento com calcitriol. As concentrações na hipercalcemia não dependente de PTH são variáveis, mas geralmente acima dos valores de referéncia e cursam com PTH suprimido. Uso: Auxiliar no diagnóstico de hiperparatiroidismo primário, hipoparatiroidismo, pseudoparatiroidismo,

Vitamina E (Tocoferol)
Uso: avaliação de deficiência de vitamina E. A vitamina E (alfa tocoferol) é uma vitamina lipossolúvel que atua como antioxidante, prevenindo danos à membrana celular por radicais livres. O teste é usado também para pacientes com colestase crónica, em nutrição parenteral prolongada, com doença maligna (em especial aqueles com by pass intestinal cirúrgico) e naqueles com síndromes de má absorção (fibrose cística, pancreatite crónica, carcinoma pancreático). Alguns estudos referem que a vitamina E pode reduzir o risco de doença coronariana. Quando os níveis de vitamina E estão diminuídos é importante fazer uma avaliação dos lipídios. Valores diminuídos: hiper agregação plaquetária, hemólise. Interferentes: anticonvulsivantes (carbamazepina, fenobarbital, fenitoína)

Vitamina K
Uso: Teste indicado para investigação de deficiência de vitamina K. Sendo uma vitamina lipossolúvel, sua absorção depende da emulsificação das gorduras no trato digestivo. Várias situações podem ser acompanhadas de deficiência de vitamina K, tais como má absorção intestinal de gorduras, bloqueio do fluxo biliar, vigéncia de antibioticoterapia e período neo-natal.

FAQ – Questões Frequentes

Nem sempre. Para realizar um hemograma simples, por exemplo, não necessita de jejum. Já a glicemia e triglicéridos exigem que se fique várias horas sem comer. O tempo de jejum varia de acordo com o exame. Portanto, siga sempre as recomendações relativas ao exame solicitado.
Pergunte ao seu médico assistente, mas pode diminuir o número de horas de jejum para 4 horas. Recorde-se que tem prioridade no atendimento.
Não, mas convém ingeri-la com moderação. O excesso interfere nos exames de urina e, até, em alguns exames de sangue.
Sim, o Laboratório Virgílio Roldão disponibiliza aos utentes e comunidade médica:
  • Análises Clínicas
  • ECG´s
  • Anatomia Patológica
  • Análises de Águas e de Alimentos.
Poderá ser necessário realizar uma nova colheita pelo facto de a amostra ser insuficiente ou de existir necessidade de se proceder à confirmação de determinados resultados. Nestes casos, o Laboratório entrará em contacto coo o utente a marcar a data da nova colheita, sem qualquer custo adicional e tendo prioridade na recolha.
Sim. Todos os nossos colaboradores estão abrangidos por uma cláusula de confidencialidade, integrada nos termos de uma rigorosa conduta de Ética Deontológica Profissional.
O primeiro jato de urina traz células e secreção que podem estar presentes na uretra, principalmente se existir um processo inflamatório e/ou infecioso chamado uretrite. Quando se está preocupado com uma possível infeção urinária, é importante que o material examinado não seja ‘contaminado’ com o que estiver na uretra. Daí a necessidade de desprezar o primeiro jato e fazer a recolha do jato médio, ou seja, uma urina que representa bem o material que está na bexiga.
Sim. Por exemplo, no de urina. O ideal é fazê-lo fora do período menstrual (2 a 3 dias). Mas se for urgente, a urina pode ser colhida, adotando-se dois cuidados: assepsia na colheita e o uso de tampão vaginal, para o sangue menstrual não se misturar com a urina.
Sim, especialmente o de triglicéridos. Uma dose de uísque, uma cerveja ou um copo de vinho na véspera é o suficiente para elevar os seus níveis, falseando os resultados. O ideal é, antes do exame, ficar três dias sem ingerir qualquer bebida alcoólica. Importante: o álcool também poderá alterar os resultados do colesterol.
Não, antes de fazer as análises não deve fumar. O facto de fumar antes de fazer análises vai influenciar o resultado de algumas delas, devendo abster-se de fumar nas horas anteriores à colheita de sangue, tal como faz com a comida.
O hematoma é causado pelo extravasamento de sangue. Pode ocorrer quando as veias são muito finas, se houver compressão inadequada do local puncionado, quando se efetua esforço no braço logo a seguir à colheita ou quando há algum acidente na colheita.
  • Farmacêuticos(as) Especialistas em Análises Clínicas;
  • Médicos(as) especialistas em Patologia Clínica;
  • Especialistas em Genética Humana;
  • Técnicas(os) Superiores de Análises Clínicas;
  • Técnicas(os) de Análises Laboratoriais.
Ter uma caixa de primeiros socorros é essencial em qualquer casa para que possa ser possível dar uma resposta mais imediata a pequenos acidentes que possam ocorrer. Este tipo de kits deve ser adaptado de acordo com as necessidades individuais de cada família. No entanto, existem alguns itens básicos, comuns a todos eles:
  • Soro fisiológico;
  • Solução antissética para feridas;
  • Luvas descartáveis;
  • Compressas esterilizadas e algodão;
  • Pensos rápidos de vários tamanhos, ligaduras e adesivo;
  • Pomada para queimaduras;
  • Tesoura de pontas redondas, pinça e termómetro;
  • Paracetamol e Ibuprofeno.
Pode influenciar os resultados hormonais, mas temos valores de referência para esses casos.
Todas as informações médicas que tivermos vão ajudar na relação analista - médico.
Depende das análises a efetuar. Se tiver urgência, informe-nos.
A inscrição é feita na hora, mas pode vir informar-se sobre a forma como se deve preparar para a colheita.
É preferível usar os recipientes disponibilizados por nós, sem nenhum custo associado.
Deslocamo-nos ao domicílio, em dias e horas a combinar.
Influencia algumas análises. Por disso, se tiver ingerido algum medicamento, seja químico ou natural, deve informar sempre o Laboratório.
É melhor que o procedimento não seja surpresa para a criança. De qualquer dos modos, se chegar com uma antecedência de meia hora, nós podemos colocar ‘um pensinho mágico’ com um anestesiante no local da punção para minimizar a dor.
A maioria das análises deve ser feita com um jejum calórico de, pelo menos, 8 horas. Durante esse período, pode haver ingestão de água.