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Análises Clínicas - Para que serve

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Atualmente, existem 27 termos neste diretório que começa com a letra F.
Factor IX (Hemofilia B) Actividade
Exame útil na avaliação de deficiência congénita de fator IX ou de causas adquiridas. É também utilizada no controle de qualidade de concentrados de fator VIII liofilizado e crioprecipitado em hemocentros. Indicação: Diagnóstico de deficiência congénita de fator IX, ou hemofilia B; deficiência adquirida de fator IX; na avaliação de TTPA prolongado; avaliação da função hepática. Interpretação clínica: A gravidade da doença correlaciona-se com os níveis residuais de fator IX circulante: hemofilia leve - atividade do fator IX entre 5% e 30%; hemofilia moderada - atividade do fator IX entre 1% e 5 %; hemofilia grave - atividade do fator IX inferior a 1%

Factor Reumatóide
É uma imunoglobulina que pode ser do tipo IgM, IgG, IgA ou IgM, capaz de reagir com o fragmento Fc de uma imunoglobulina G humana. É utilizado principalmente como marcador de Artrite Reumatóide (AR), mas pode ocorrer em outras situações clínicas. O valor preditivo positivo do teste para AR é de 20-30% e o valor preditivo negativo, 93-95%. Atualmente, utilizam-se análises quantitativas, como nefelometria, turbidimetria e ELISA. A presença de altos títulos de FR é preditiva para o desenvolvimento de AR em indivíduos não sintomáticos e está associada a um curso mais agressivo e destrutivo, com ocorréncia de manifestações extra-articulares. Por outro lado, o sucesso da resposta ao tratamento com drogas modificadoras da doença e novos agentes biológicos, está associado à diminuição dos títulos de FR. Um aumento combinado de FR do tipo IgM e IgA é observado quase que exclusivamente em AR. Indicações: Diagnóstico de artrite reumatóide, síndrome de Sjögren e crioglobulinemia mista. Investigação de outros tipos de artrites e espondiloartropatias. Interpretação clínica: O fator reumatóide é positivo em 60-80% dos casos de Artrite Reumatóide (AR), em 20% de AR juvenil, em 60-70% das Síndromes de Sjögren e em 70% dos casos de Crioglobulinemia mista. Pode ser observado em outras doenças auto-imunes, como em 30% dos casos de lúpus eritematoso sistémnico (LES), 25% de doença mista do tecido conectivo, 20% de esclerodermia, 20% de dermato e polimiosite e 25% de cirrose biliar. Pode estar presente também em doenças infecciosas (endocardite bacteriana: 40%, Hepatites virais: 25%, EBV e CMV: 20%); e inclusive em 5% de indivíduos sem doença, principalmente idosos. O título de FR é importante no prognóstico e acompanhamento da AR; altos títulos apontam tendéncia de a doença evoluir para complicações viscerais e pior prognóstico. Pode estar ausente em aproximadamente 30% dos pacientes nos estágios iniciais de artrite reumatoide. Na artrite reumatóide juvenil, o percentual de positividade de FR é mais baixo, de aproximadamente 20%.

Factor V de Leyden (Mutação G1691A)
O fenótipo de resistência à ação da proteína C ativa (PCa) está associada aos perfis genéticos heterozigoto e homozigoto para a mutação pontual G1691A do gene do fator V (Fator V de Leiden). Indivíduos portadores dessa mutação apresentam um risco 7 vezes maior de desenvolver um trombo do que os indivíduos não portadores. A mutação G20210A no gene da protrombina é responsável pelo aumento da concentração plasmática de protrombina, ocasionando um aumento no risco de trombose venosa, devido o aumento na formação de coágulos.

Factor VII (Proconvertina)
A deficiência congénita do fator VII tem herança autossomica recessiva e é uma doença rara. Na deficiência adquirida as principais causas da são insuficiência hepática, anticorpos contra o fator VII em pacientes com doenças auto-imunes e neoplasias, deficiência de vitamina K e anticoagulação oral. Indicação: Diagnóstico de deficiência congénita e adquirida de fator VII; investigação de tempo de protrombina prolongado. Interpretação clínica: O resultado é quantitativo em percentual de atividade

Factor VIII
A deficiência congénita de fator VIII ocorre na hemofilia A, doença de von Willebrand (DVW) e raras deficiências combinadas. A adquirida pode ser por presença de anticorpos contra o fator VIII nas doenças auto-imunes, por consumo, na coagulação intravascular disseminada (CID) e por consumo ou presença de anticorpos em neoplasias. É também utilizada no controle de qualidade de concentrados de fator VIII liofilizado e crioprecipitado em hemocentros. Indicação: Diagnóstico das deficiências congénita e adquirida de fator VIII; avaliação de TTPA prolongado; é um dos passos da DVW. Interpretação clínica: Níveis elevados são considerados um fator de risco para trombose arterial e venosa. Está bastante reduzido na forma grave da DVW- tipo 3. Na forma leve - tipo 1, geralmente está mais elevado em relação ao antígeno de von Willebrand (FVWAg), podendo ser, inclusive, normai. No tipo 2 (exceto a tipo 2N), esta significativamente mais elevado do que que a atividade do FVW. Algumas situações clínicas determinam a elevação do fator VIII, como doença hepática, gestação, uso de estrogenios e doenças inflamatórias

Factor X
A deficiência congénita de fator X tem herança autossomica recessiva e é rara. Entre as causas de deficiência adquirida estão anticorpos contra o fator X, deficiência de vitamina K, anticoagulação oral, insuficiência hepática e amiloidose. Indicação: Diagnóstico de deficiência congénita e adquirida de fator X; avaliação de tempo de protrombina e/ou de tempo de tromboplastina parcial ativada prolongados; avaliação da função. Interpretação clínica: O diagnóstico é baseado nos tempos prolongados de protrombina, tromboplastina parcial ativada e de veneno de víbora Russell e em níveis reduzidos do FX. Está disponível o teste genético. O diagnóstico diferencial inclui deficiências dos fatores II, V, VII, VIII, IX, XI, XIII ou deficiências adquiridas no FX

Factor XI
A deficiência de fator XI é transmitida por herança autossomica recessiva, afetando homens e mulheres. É mais rara que as hemofilias A e B, apresentando prevaléncia em 5% de judeus Ashkenazy. Quando adquirida, a principal causa insuficiência hepática, ou anti fator XI, que são raros . Indicação: Diagnóstico de deficiência do fator XI; investigação de TTPA prolongado. Interpretação clínica: Não existe correlação precisa entre o nível de atividade do fator XI e a manifestação hemorrágica

Factor XII
A deficiência de fator XII tem característica autossomica recessiva, não se sabendo até que ponto é importante clinicamente. Geralmente cursa com TTPA prolongado, mas os pacientes não apresentam risco hemorrágico. As principais causas de deficiência adquirida são insuficiência hepática, sepse, síndrome nefrótica e algumas neoplasias. Existem relatos de associação com trombose. Indicação: Diagnóstico de deficiência do fator XII; investigação de TTPA prolongado Interpretação clínica: Individuos com deficiência, geralmente, não apresentam hemorragia.

Factor XIII
Doença rara, de herança autossomica recessiva, mais prevalente entre judeus ashquenazy. Entre as causas de deficiência adquirida estão anticorpos contra o fator XIII, coagulação intravascular disseminada (CID), fibrinólise primária e insuficiência hepática, que, geralmente, levam à deficiência parcial. Indicação: Diagnóstico das deficiências congénita e adquirida do fator XIII, sobretudo se parciais. Interpretação clínica: Como esta deficiência, geralmente, não altera os exames de de triagem , como tempo de trombina, tempo de protrombina e tempo de tromboplastina parcial ativada, este exame é essencial para o diagnóstico.

Factores II-VII-X
A coagulação sanguínea é uma sequéncia complexa de reações químicas que resultam na formação de um coágulo de fibrina. É uma parte importante da hemostasia (o cessamento da perda de sangue de um vaso danificado), na qual a parede de vaso sanguíneo danificado é coberta por um coágulo de fibrina para parar o sangramento e ajudar a reparar o tecido danificado. Desordens na coagulação podem levar a um aumento no risco de hemorragia, trombose ou embolismo. A coagulação é semelhante nas várias espécies de mamíferos. Em todos eles o processo envolve um mecanismo combinado de fragmentos celulares (plaquetas) e proteínas (fatores de coagulação). Esse sistema nos humanos é o mais extensamente pesquisado e consequentemente o mais bem conhecido. Esse artigo é focado na coagulação sanguínea humana.

Fenitoína
Exame útil para a monitorização quando do uso da medicação anticonvulsivante. Indicações: monitorização de níveis terapêuticos e toxicidade da droga. Interpretação clínica: Resultados dentro do nível terapêutico indicam dose suficiente da medicação

Fenobarbital
Exame útil para a monitorização quando do uso da medicação anticonvulsivante. Indicações: monitorização de níveis terapêuticos e toxicidade da droga. Interpretação clínica: Resultados dentro do nível terapêutico indicam dose suficiente da medicação. O ácido valpróico, os salicilatos e a piridoxina podem aumentar as concentrações de fenobarbital.

Ferritina
Exame utilizado na avaliação da reserva de ferro por apresentar boa correlação com os depósitos teciduais de ferro. Cada mg/L de ferritina representa cerca de 8 a 10 mg de ferro armazenado. Tem variação biológica intra-individual próxima a 15%. Indicações: Avaliação da reserva de ferro em anemias Interpretação clínica: Quando baixa, é um importante indicador de depleção de ferro, mas aumenta na doença inflamatória crónica, de modo que pode estar normal quando a deficiência de ferro coexiste com estas. Podem aumentar aumentando a ferritina: jejum prolongado e ingestão de medicamentos contendo ferro, infecções, neoplasias, doenças hepáticas, leucemias, ingestão de álcool, anemia hemolítica, anemia sideroblástica, hipertireoidismo, hemocromatose e processos inflamatórios agudos ou crónicos sem infecção. Podem diminuir algumas horas após o desencadeamento de um processo infeccioso O ferro em excesso na água não é dos factores mais preocupantes para a saúde humana, no entanto, este elemento, quando em excesso, irá alterar a cor e o paladar da água.

Ferro (Fe)
O ferro é componente essencial da hemoglobina e desempenha funções no metabolismo como transporte e armazenamento de oxigénio, nas reações de liberação de energia na cadeia de transporte de elétrons, na conversão de ribose a desoxirribose e como cofator de reações enzimáticas, entre outras. Após a absorção intestinal é transportado pela transferrina; a maior quantidade encontra-se ligada à hemoglobina e uma menor parte distribui-se em outras proteínas e enzimas e na forma de depósito como ferritina e hemossiderina. Indicações: O ferro, geralmente, é solicitado quando da observação de hemoglobina baixa. Também é usado na monitorização do tratamento de reposição com ferro. Interpretação clínica: A dosagem isolada do ferro tem valor limitado. Sua sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de anemia aumentam se utilizado com outros exames, como a determinação da capacidade total de ligação do ferro, saturação da transferrina e dosagem da ferritina. A interpretação deve ser cuidadosa, devido aos fatores que influenciam na dosagem

Fibrinogénio
Na eletroforese, o fibrinogénio se apresenta como uma banda situada entre as globulinas beta e gama. É também uma das proteínas de fase aguda. Indicações: Diagnóstico de hipofibrinogenemias ou afibrinogenemias primárias ou secundárias; diagnóstico de coagulação intravascular disseminada; marcador de fibrinólise. Interpretação clínica: Encontra-se marcadamente elevado durante a fase aguda de processos inflamatórios, sendo um dos componentes que mais afetam o VHS. Podem aumentar o VHS: contraceptivos orais, anticoagulantes, estresse, trauma, infecção, inflamação, neoplasias, gravidez e períodos pós-operatórios.Podem diminuir: afibrinogenemia/hipofibrinogenemia hereditária, coagulação intravascular, fibrinólises, doença hepática, uso de terapia fibrinolítica e artefato de colheita.

Flúor (F) sérico
Alguns inseticidas são ricos em fluoreto. Sua meia vida plasmática é de 2-9 horas. A intoxicação se dá geralmente por ingestão. Indicações: Avaliação de toxicidade por fluoreto. Interpretação clínica: Níveis acima do índice biológico máximo permitido (IBMP) são indicativos de toxicidade Sugestão de leitura complementar: Choubisa SL, Choubisa D. Neighbourhood fluorosis in people residing in the vicinity of superphosphate fertilizer plants near Udaipur city of Rajasthan (India). Environ Monit Assess 2015;187(8):497-53. Rosly? OF, Fedoruk AA, Roslaia NA, et al. The Risk of the Developement of Occupational Chronic Fluoride Poisoning (Abstr). Gig Sanit 2015;94(2):39-43.

Fosfatase Ácida Prostática (PAP)
É a maior isoenzima da fosfatase ácida secretada no soro pela próstata, embora também seja detectada em outros tecidos. A baixa sensibilidade no estágio inicial da doença é um limitante ao seu uso. Indicações: Auxiliar no diagnóstico do carcinoma prostático e monitorização do tratamento. Interpretação clínica: No cancro de próstata. Os pacientes apresentam concentração sérica elevada no estágio A em apenas 0%-11%, no estágio B em 22% a 56%, no estágio C em 39% a 77% e no estágio D em 58% a 80% dos pacientes. Aproximadamente 2% dos indivíduos saudáveis e 10% dos pacientes com hiperplasia prostática benigna tém concentrações elevadas no soro. Além do adenocarcinoma de próstata, pode estar elevada na leucemia mielocítica, na doença de Gaucher, na prostatite e na retenção urinária. Seus resultados sofrem interferéncia de manipulação prostática.

Fosfatase Ácida total
Enzima presente no osso, próstata, baço e nas células sanguíneas (hemácias, plaquetas e leucócitos), entre outros. Em indivíduos do sexo masculino, a fração prostática representa aproximadamente 50% da fosfatase ácida total, sendo o restante proveniente do fígado e da desintegração das plaquetas e eritrócitos. Indicações: Seguimento de cancro de próstata, processos hematológicos, ósseos e mieloma múltiplo. Interpretação clínica: Níveis elevados da fração prostática são encontrados no cancro e na hiperplasia de próstata. Além deste sua elevação ocorre em processos de destruição plaquetária, doenças hemolíticas, doença de Paget avançada, metástases ósseas e mieloma múltiplo. Em indivíduos do sexo feminino é presumidamente proveniente do fígado, eritrócitos e plaquetas. Não tem significado clínico quando diminuída.

Fosfatase Alcalina
Família de enzimas produzidas principalmente no osso e fígado, mas também, no epitélio intestinal, túbulo renal e placenta. Como a fração óssea e a hepática, contribuem cada uma com 45% das isoformas, a FA total é um exame pouco específico Indicação: No diagnóstico de obstrução biliar; no diagnóstico das doenças osteometabólicas é pouco específico, sendo indicado apenas para doenças nas quais se eleva muito, como doença de Paget, raquitismos e osteomalácia, tanto como diagnóstico de atividade como de controle do tratamento. Interpretação clínica: Aumenta, principalmente, na obstrução biliar. Aumenta também na colestase intra-hepática e nas doenças infiltrativas do fígado. Pode estar aumentada no alcoolismo crónico. É um marcador precoce de formação óssea. Tem meiavida longa refletindo situações crónicas em que a formação óssea esteja aumentada, como doença de paget, raquitismos e osteomalácia. Sua elevação em pacientes com doença renal crónica, associada a altos níveis de PTH, é um dos indicadores da osteodistrofia renal e critério para indicação cirúrgica. Seu nível é dependente da idade, sendo mais elevada na infância e adolescéncia, períodos de crescimento quando a remodelação óssea está aumentada.

Fosfatos
Avaliação do metabolismo do fósforo. Os compostos que contém fósforo estão presentes em todas as células e participam de muitos processos bioquímicos importantes, fazendo com que os fosfatos exerçam papel fundamental no metabolismo humano. DNA e RNA contém fósforo, assim como a maioria das coenzimas e moléculas de reserva energética, por exemplo. É difícil compreender completamente as causas de concentrações alteradas de fósforo sanguíneo, devido ao fato de que mudanças transcelulares são a maior causa de hipofosfatemia. O fósforo sanguíneo pode ser resultado de absorção intestinal, liberação do espaço intracelular e perda óssea. Em indivíduos sadios, estes processos são relativamente constantes e facilmente regulados pela excreção renal ou reabsorção do fosfato. Distúrbios nestes processos podem alterar as concentrações de fósforo no sangue, sendo a perda da função regulatória renal o fator mais importante neste processo. Outro fator importante na regulação do fósforo é a ação do PTH, embora outros fatores também possam estar associados a esta regulação, como vitamina D, calcitonina, hormona do crescimento e estado ácido-básico. O PTH aumenta a excreção renal, diminuindo os valores séricos. A vitamina D aumenta a absorção intestinal e a reabsorção renal, aumentando seus valores séricos. O hormona do crescimento diminui a excreção renal aumentando os níveis. Cerca de 20 - 25% do fósforo sérico está na forma inorgânica, e o fósforo é o ânion intracelular predominante. Níveis diminuídos de fósforo sérico são comuns em pacientes hospitalizados, e embora a maioria dos casos seja moderada, quando em níveis severos podem requerer reposição. Valores aumentados: diminuição da filtração glomerular, aumento de reabsorção tubular (hipoparatireoidismo primário e secundário, pseudohipoparatireoidismo, doença de Addison, acromegalia, anemia falciforme), aumento da liberação intracelular (neoplasias, lesão tecidual, doença óssea -fraturas, mieloma, doença de Paget, tumor ósseo osteolítico, infância), aumento da carga de fosfato (intravenoso, oral, síndrome do leite-álcali), obstrução intestinal alta, sarcoidose, deficiência de magnésio. Valores diminuídos: perda renal ou intestinal (uso de diuréticos, defeitos tubulares renais, síndrome de Fanconi, neoplasia, uso de medicamentos, hiperparatireoidismo, hipercalciúria

Fosfolipídeos
Uso: avaliação de doença hepática obstrutiva, abeta ou hipobetalipoproteinemia, doença de Tangier, deficiência de LCAT. Os fosfolipídios são importantes componentes da membrana celular. Geralmente são resultado de conjugação de dois ácidos graxos com um glicerol fosforilado. Diferentes composições resultam em diferentes compostos, como lecitinas, esfingomielinas (que não contém glicerol), cefalinas, etc. Valores aumentados: doenças obstrutivas hepáticas, deficiência de LCAT. Valores diminuídos: abeta ou hipobetalipoproteinemia, doença de Tangier.

Fósforo inorgânico (P)
Avaliação do metabolismo do fósforo. Os compostos que contém fósforo estão presentes em todas as células e participam de muitos processos bioquímicos importantes, fazendo com que os fosfatos exerçam papel fundamental no metabolismo humano. DNA e RNA contém fósforo, assim como a maioria das coenzimas e moléculas de reserva energética, por exemplo. É difícil compreender completamente as causas de concentrações alteradas de fósforo sanguíneo, devido ao fato de que mudanças transcelulares são a maior causa de hipofosfatemia. O fósforo sanguíneo pode ser resultado de absorção intestinal, liberação do espaço intracelular e perda óssea. Em indivíduos sadios, estes processos são relativamente constantes e facilmente regulados pela excreção renal ou reabsorção do fosfato. Distúrbios nestes processos podem alterar as concentrações de fósforo no sangue, sendo a perda da função regulatória renal o fator mais importante neste processo. Outro fator importante na regulação do fósforo é a ação do PTH, embora outros fatores também possam estar associados a esta regulação, como vitamina D, calcitonina, hormona do crescimento e estado ácido-básico. O PTH aumenta a excreção renal, diminuindo os valores séricos. A vitamina D aumenta a absorção intestinal e a reabsorção renal, aumentando seus valores séricos. O hormona do crescimento diminui a excreção renal aumentando os níveis. Cerca de 20 - 25% do fósforo sérico está na forma inorgânica, e o fósforo é o ânion intracelular predominante. Níveis diminuídos de fósforo sérico são comuns em pacientes hospitalizados, e embora a maioria dos casos seja moderada, quando em níveis severos podem requerer reposição. Valores aumentados: diminuição da filtração glomerular, aumento de reabsorção tubular (hipoparatireoidismo primário e secundário, pseudohipoparatireoidismo, doença de Addison, acromegalia, anemia falciforme), aumento da liberação intracelular (neoplasias, lesão tecidual, doença óssea -fraturas, mieloma, doença de Paget, tumor ósseo osteolítico, infância), aumento da carga de fosfato (intravenoso, oral, síndrome do leite-álcali), obstrução intestinal alta, sarcoidose, deficiência de magnésio. Valores diminuídos: perda renal ou intestinal (uso de diuréticos, defeitos tubulares renais, síndrome de Fanconi, neoplasia, uso de medicamentos, hiperparatireoidismo, hipercalciúria

Fragilidade osmótica eritrocitária
O teste de fragilidade osmótica é realizado para diagnosticar duas doenças hereditárias: talassemia e esferocitose hereditária. A talassemia faz com que corpo produza uma forma anormal de hemoglobina. A hemoglobina é uma proteína que permite que os glóbulos vermelhos do sangue transportem oxigénio. Quando a pessoa tem talassemia, os glóbulos vermelhos do sangue tendem a ser destruídos mais facilmente. Isso pode levar à anemia. A esferocitose hereditária causa problemas com a camada externa das células do sangue. Isso também pode levar à anemia.

Fragmentação do DNA espermático - 2 amostras
Esta técnica é menos conhecido e menos frequentemente indicada que o estudo do sémen. No entanto, ensaio de fragmentação do DNA é um teste fundamental e complementar para o etudo do sémen. Este teste mede o estado do DNA do esperma. A cabeça do esperma contém o DNA que é o capital genético do indivíduo. Corresponde à fragmentação de cadeias no DNA. A um nível baixo, estas quebras estão dispostas no oócito após fertilização. Para além de um certo nível de quebras, o processo de reparação não pode ser realizada de forma satisfatória para permitir o desenvolvimento embrionário normal.

Fructosamina
A albumina é uma proteína com meia vida de uma a duas semanas que tem a propriedade de glicação, gerando a frutosamina. esta determinação permite a estimativa do controle glicémico nos últimos 15 dias, sendo mais precocemente afetada por mudanças terapêuticas e dietéticas do que a hemoglobina glicada. Indicações: monitorização do tratamento do diabetes mellitus (DM). Alguns estudos sugerem que possa ser utilizada no diagnóstico do DM, mas não há padronização ara este diagnóstico pelas sociedades médicas especializadas. Interpretação clínica: Valores aumentados ocorrem quando a glicemia este elevada em algum momento nos últimos 15 dias. Valores normais indicam bom controle glicémico nesse período

FTA-ABS
Uso: confirmação de resultados reagentes em testes não-treponémicos no diagnóstico da sífilis; diagnóstico de sífilis tardia (mesmo com testes não-treponémicos não reagentes). O uso de testes treponémicos deve trazer mais especificidade à rotina diagnóstica; sua sensibilidade situa-se em torno de 80-90% em sífilis primária, >95% em sífilis secundária e terciária e 90-95% em sífilis tardia. Na maioria dos casos, a positividade permanece por toda a vida, embora alguns pacientes tornem-se não-reagentes com o passar dos anos. Este teste não é indicado para o seguimento terapêutico, uma vez que a variação em seus títulos não se correlaciona com a melhora clínica do paciente. O teste utilizando reagentes para a evidenciação de IgM pode ser útil no diagnóstico mais precoce de sífilis congénita. Os títulos IgG tendem a desaparecer em até 8 meses após o nascimento (a persisténcia nos títulos após este período pode ser interpretada como sífilis congénita). Em alguns casos de uveíte sifilítica, é possível o encontro de FTA-Abs reagentes com VDRL não reagentes. É possível a presença de falso-positivos, especialmente em quadros de doença do colágeno. Se a terapia é instituída em tempo anterior a soroconversão (no tempo da lesão inicial do cancro), estes pacientes resultarão não reagentes.

Fungigrama
Exame utilizado na confirmação laboratorial de clínica compatível com infecção fúngica. Geralmente, é possível estabelecer género e espécie do fungo infectante. Devido às características biológicas dos fungos, a resposta da cultura é normalmente demorada e muitas vezes servem como confirmação de infecção que já está em tratamento. O antifungigrama visa a determinação de resistência a antifúngicos. Não é solicitado rotineiramente, pois perfil o de mutação para resistências aos antifúngicos das leveduras é baixo. Os fungos dimórficos geralmente não apresentam perfis de resistência que justifiquem esta preocupação. As cepas isoladas são testadas em técnicas padronizadas (em termos de concentração inibitória e fungicida), contra os antifúngicos mais utilizados no mercado. Indicações: Cultura: diagnóstico de processos infecciosos causados por agentes fúngicos. Antifungigrama: pode ser solicitado em alguns casos refratários a tratamento Interpretação clínica: A positividade em culturas é interpretada em concordância com os dados clínicos e exames diretos das amostras. Deve a positividade ser mantida após a repetição dos cultivos. Este exame é mais sensível do que a pesquisa direta, o que explica alguns casos em que a cultura é positiva com pesquisa de fungos negativa. O inverso, pesquisa positiva com cultura negativa, pode ocorrer, quando é colheitado material de paciente que já fez tratamento antifúngico tópico ou sistémico. Nas culturas de material obtido em mucosas a análise dos resultados leva em conta a presença de fungos comensais, como a Candida por exemplo.

FAQ – Questões Frequentes

Nem sempre. Para realizar um hemograma simples, por exemplo, não necessita de jejum. Já a glicemia e triglicéridos exigem que se fique várias horas sem comer. O tempo de jejum varia de acordo com o exame. Portanto, siga sempre as recomendações relativas ao exame solicitado.
Pergunte ao seu médico assistente, mas pode diminuir o número de horas de jejum para 4 horas. Recorde-se que tem prioridade no atendimento.
Não, mas convém ingeri-la com moderação. O excesso interfere nos exames de urina e, até, em alguns exames de sangue.
Sim, o Laboratório Virgílio Roldão disponibiliza aos utentes e comunidade médica:
  • Análises Clínicas
  • ECG´s
  • Anatomia Patológica
  • Análises de Águas e de Alimentos.
Poderá ser necessário realizar uma nova colheita pelo facto de a amostra ser insuficiente ou de existir necessidade de se proceder à confirmação de determinados resultados. Nestes casos, o Laboratório entrará em contacto coo o utente a marcar a data da nova colheita, sem qualquer custo adicional e tendo prioridade na recolha.
Sim. Todos os nossos colaboradores estão abrangidos por uma cláusula de confidencialidade, integrada nos termos de uma rigorosa conduta de Ética Deontológica Profissional.
O primeiro jato de urina traz células e secreção que podem estar presentes na uretra, principalmente se existir um processo inflamatório e/ou infecioso chamado uretrite. Quando se está preocupado com uma possível infeção urinária, é importante que o material examinado não seja ‘contaminado’ com o que estiver na uretra. Daí a necessidade de desprezar o primeiro jato e fazer a recolha do jato médio, ou seja, uma urina que representa bem o material que está na bexiga.
Sim. Por exemplo, no de urina. O ideal é fazê-lo fora do período menstrual (2 a 3 dias). Mas se for urgente, a urina pode ser colhida, adotando-se dois cuidados: assepsia na colheita e o uso de tampão vaginal, para o sangue menstrual não se misturar com a urina.
Sim, especialmente o de triglicéridos. Uma dose de uísque, uma cerveja ou um copo de vinho na véspera é o suficiente para elevar os seus níveis, falseando os resultados. O ideal é, antes do exame, ficar três dias sem ingerir qualquer bebida alcoólica. Importante: o álcool também poderá alterar os resultados do colesterol.
Não, antes de fazer as análises não deve fumar. O facto de fumar antes de fazer análises vai influenciar o resultado de algumas delas, devendo abster-se de fumar nas horas anteriores à colheita de sangue, tal como faz com a comida.
O hematoma é causado pelo extravasamento de sangue. Pode ocorrer quando as veias são muito finas, se houver compressão inadequada do local puncionado, quando se efetua esforço no braço logo a seguir à colheita ou quando há algum acidente na colheita.
  • Farmacêuticos(as) Especialistas em Análises Clínicas;
  • Médicos(as) especialistas em Patologia Clínica;
  • Especialistas em Genética Humana;
  • Técnicas(os) Superiores de Análises Clínicas;
  • Técnicas(os) de Análises Laboratoriais.
Ter uma caixa de primeiros socorros é essencial em qualquer casa para que possa ser possível dar uma resposta mais imediata a pequenos acidentes que possam ocorrer. Este tipo de kits deve ser adaptado de acordo com as necessidades individuais de cada família. No entanto, existem alguns itens básicos, comuns a todos eles:
  • Soro fisiológico;
  • Solução antissética para feridas;
  • Luvas descartáveis;
  • Compressas esterilizadas e algodão;
  • Pensos rápidos de vários tamanhos, ligaduras e adesivo;
  • Pomada para queimaduras;
  • Tesoura de pontas redondas, pinça e termómetro;
  • Paracetamol e Ibuprofeno.
Pode influenciar os resultados hormonais, mas temos valores de referência para esses casos.
Todas as informações médicas que tivermos vão ajudar na relação analista - médico.
Depende das análises a efetuar. Se tiver urgência, informe-nos.
A inscrição é feita na hora, mas pode vir informar-se sobre a forma como se deve preparar para a colheita.
É preferível usar os recipientes disponibilizados por nós, sem nenhum custo associado.
Deslocamo-nos ao domicílio, em dias e horas a combinar.
Influencia algumas análises. Por disso, se tiver ingerido algum medicamento, seja químico ou natural, deve informar sempre o Laboratório.
É melhor que o procedimento não seja surpresa para a criança. De qualquer dos modos, se chegar com uma antecedência de meia hora, nós podemos colocar ‘um pensinho mágico’ com um anestesiante no local da punção para minimizar a dor.
A maioria das análises deve ser feita com um jejum calórico de, pelo menos, 8 horas. Durante esse período, pode haver ingestão de água.